quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Rio só aguarda e SP retém água




Enquanto órgãos estaduais do Rio de Janeiro ainda discutem uma posição a ser tomada contra a manobra adotada pelo governo de São Paulo, que reteve água da usina hidrelétrica do rio Jaguari, que faz parte da bacia do rio Paraíba do Sul, o governador do estado paulista Geraldo Alckmin saiu na frente e defendeu a redução na vazão de água na usina hidrelétrica naquela área. A secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ficaram de decidir nessa segunda-feira (11) a medida a ser tomada contra a ação adotada pelo governo de São Paulo. Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificou a Companhia de Energia de São Paulo (Cesp), por descumprir determinação de elevar a vazão. Isso, segundo a Aneel, pode colocar em risco o sistema de geração de energia no estado do Rio, mas não foi respeitado por Alckmin.

— Primeiro, o abastecimento humano de água, depois o abastecimento de animais e depois os demais itens. Nós temos que priorizar o abastecimento das cidades. Energia elétrica tem outras possibilidades, como termoelétrica, que não precisa de água — disse, em matéria publicada no G1.
Em nota, a assessoria de Comunicação da SEA informou que o órgão ainda está analisando o que pode ser feito e a assessoria de Comunicação do Inea disse que as informações serão prestadas pela secretaria do Ambiente. Já a assessoria de Comunicação da ANA não atendeu e nem retornou às ligações.
Escassez - O rio Paraíba do Sul vive atualmente a cota mais baixa de toda a sua história. O problema, segundo matéria divulgada na edição da Folha do último dia 2, está obrigando a estação de captação de São João da Barra — Cedae — a interromper rotineiramente o abastecimento na cidade, o que reflete a gravidade da situação atual. Medindo aproximadamente 4,80m, o rio está abaixo até mesmo da régua de medição, que é de 5 metros. Como se não bastasse a transposição proposta pelo governo do estado de São Paulo em março deste ano, se aprovada, irá agravar ainda mais os problemas já causados pela baixa vazão, segundo autoridades que discutem o assunto. Em maio, o Ministério Público Federal (MPF) no Rio, por iniciativa do procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira, protocolou ação civil pública contra o projeto paulista de transposição do Paraíba do Sul. A bacia hidrográfica é a principal fonte de abastecimento do estado do Rio de Janeiro.

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