terça-feira, 14 de agosto de 2012

CPI aprova reconvocação de Carlos Cachoeira para depoimento


Cachoeira esteve na CPI no dia 22 de maio, mas não respondeu perguntas.

Comissão também aprovou a quebra de sigilo de Andressa Mendonça.

Iara Lemos e Angélica OliveiraDo G1, em Brasília
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Os parlamentares que integram a CPI que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários, aprovaram a reconvocação do bicheiro para depor. A votação foi feita de maneira simbólica (quando a Mesa chama os nomes e aguarda a manifestação contrária de um parlamentar). A data do depoimento ainda não foi marcada.
Cachoeira já esteve na CPI em 22 de maio, mas diante da negativa em responder às perguntas dos parlamentares, a sessão foi encerrada. Na ocasião, o contraventor chegou a dizer que "ajudaria" a CPI depois de audiência na Justiça Federal de Goiânia. A audiência ocorreu no final de julho, mas Cachoeira também se manteve em silêncio diante do magistrado.
"Eu ajudaria muito, deputado, mas somente depois da minha audiência. Por enquanto, ficarei calado, como manda a Constituição", declarou Cachoeira em 22 de maio.
O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse esperar agora a colaboração da defesa do contraventor.
"Está reconvocado. Agora, o instrumento legal nós já temos. Era o que precisávamos. A data é de acordo com a oportunidade, até para não ter nenhum insucesso. Esperamos que a defesa do réu possa se manifestar para colaborar", declarou Vital do Rêgo.

Andressa MendonçaA CPI também aprovou a quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico, incluindo Nextel, e mensagens de SMS de Andressa Alves Mendonça, mulher do bicheiro. O requerimento aprovado na sessão desta terça-feira (14) foi proposto pelo deputado Odair Cunha.
Andressa conhecia o uso de "laranjas" e as negociações do marido, segundo gravações de diálogos entre os dois feitas pela Polícia Federal com autorização da Justiça e obtidas pelo G1.
Para Vital do Rêgo, a quebra do sigilo de Andressa vai ajudar nas investigações da CPI. "A quebra de sigilo é o maior interesse de pesquisa para a CPI. Os depoimentos pesam pouco até porque nenhum depoente na condição de investigado virá na CPI com intuito de colaborar sob pena de que aquela colaboração o incriminar num processo em que ele está prestes a ser sentenciado. A riqueza está no cruzamento das informações, das transferências", disse.
Os deputados e senadores também aprovaram mais de 30 requerimentos com quebras de sigilo ou complemento de informações referentes a empresas, entidades e pessoas relacionadas à investigação.
Outros
Além de Cachoeira, os integrantes da CPI Mista também aprovaram a convocação de outras pessoas que, segundo a comissão, são suspeitas de participação no esquema do contraventor.
Foram convocados para depoimentos Gil Tavares, Geraldo Messias, André Teixeira Jorge, Fabio Passaglia, Alex Antonio Trindade de Oliveira, Leide Ferreira da Cruz, Polyana Barbosa de Carvalho, João Furtado de Mendonça Neto, Marcos Teixeira Barbosa, Francisco de Assis Oliveier, Fausto José Passaglia Junior, Conrado Caiado Viana, Frederico Márcio Arbex, Adriana Sauthier Accorsi e Edson Costa Araujo.
 


Fonte:G1

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