quinta-feira, 30 de agosto de 2012

“Comprovação do mensalão é marca inapagável para Lula”, diz senador


POLÍTICA


quinta-feira, 30 de agosto de 2012 – (Fotos: Divulgação)
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), líder do partido no Senado, comentou nesta quarta-feira a condenação do deputado federal João Paulo (PT-SP) por maioria de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão. “A comprovação da existência do mensalão é uma marca política inapagável para o PT e para o presidente Lula”, afirmou. Seis dos 11 ministros do STF consideram Cunha culpado pelos crimes de corrupção passiva e peculato, cometidos na época em que era presidente da Câmara dos Deputados.
O senador destacou a importância do STF não ter cedido a pressões. “Esse julgamento pode revitalizar a instituição, que é essencial no estado de Direito. Segundo ele, a mais alta Corte de Justiça do País deu “um passo importante para a recuperação da credibilidade das instituições públicas brasileiras”. Ainda existe a hipótese, mesmo que remota, de que os ministros mudem seus votos até o término do julgamento.
O senador Paulo Paim (PT-RS) não quis se arriscar a comentar o voto dos demais ministros, mas admitiu que a votação de hoje sinaliza que os magistrados podem ter uma posição semelhante. “É uma situação delicada (para o deputado), mas cabe a ele decidir (sobre a desistência da candidatura a prefeito em Osasco)”. O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) acredita na inocência do petista. “Ainda não terminou. É comum no Supremo haver mudança de votos dos ministros até o final do julgamento. Prefiro não comentar e aguardar até o final e espero que ele seja inocentado”.
Na opinião do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) os elementos analisados pela Corte mostram que o deputado estava envolvido com “o maior escândalo de corrupção do País”. “Não tenho dúvida de que o Supremo vai caminhar para condenar aqueles que têm provas contra eles. Se ele (Cunha) não desistir da candidatura, a população dará uma resposta (nas urnas)”.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federalRoberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex- presidente do PT José Genuíno ex-tesoureiro do partudo Delubio Soares e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.




Fonte:Campos24horas

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