segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Carteira falsa gera escândalo em São Fidélis


Prefeito Fenemê é acusado por motoristas de ter fornecido carteiras de habilitação falsificada
20/ago/2012
  • Prefeito Fenemê é acusado por motoristas de ter fornecido carteiras de habilitação falsificada
  • Motorista Clóvis Fernandes tirou carteira em São Fidélis, mas com a emissão de Ferraz de Vasconcelos/SP
Prefeito Fenemê é acusado por motoristas de ter fornecido carteiras de habilitação falsificada

Na medida em que as investigações sobre as ações da denominada Máfia das Carteiras Falsas avançam no Ministério Público (MP), comprometem cada vez mais o nome do prefeito do município de São Fidélis, Luiz Fernandes Fratane (PMDB), conhecido dono de Auto Escola na cidade, popularmente chamado por Fenemê. É que vários motoristas que teriam recorrido aos serviços da Auto Escola Boa Sorte receberam as carteiras confeccionadas com espelho do Detran de São Paulo, em vez de ser do Estado do Rio de Janeiro.
Nos relatos os motoristas de São Fidélis argumentam terem sido enganados, já que acreditavam ser a carteira oficial, mas na verdade foram emitidas no município de Ferraz de Vasconcelos/SP, cidade onde atuava a central da chamada Máfia das Carteiras Falsas.
O escândalo resultou em 2008 na prisão de 15 delegados da Polícia Civil, em São Paulo, além de dezenas de outras pessoas, a maior parte donos e funcionários de auto escolas paulistas. Não bastasse o derramamento das CNHs falsas nas cidades paulistas, as investigações dão evidências de ramificação em São Fidélis.
Vítima relata que golpe atinge mais de 20
De acordo com relato do motorista Clóvis Fernandes, já pagou R$ 3,5 mil pela CNH na Auto Escola Boa Sorte, sentindo-se lesado depois de descobrir que o documento não tem validade. Ele disse que está entre mais de 20 motoristas que foram intimados a comparecer para prestar depoimento sobre a origem da carteira. Clóvis contou que na semana passada deixou de comparecer ao MP para atender a intimação porque foi procurado pela filha do prefeito e pelo próprio Fenemê, que segundo ele, lhe informaram para não ir à audiência, pois teria sido adiada. “Em 1997 eu procurei a Auto Escola do Fenemê porque é a mais antiga da cidade. Paguei R$ 3,5 mil parcelados em seis vezes e cheguei a receber a permissão, que teve validade até 23 de maio de 2008. Quando retornei para providenciar a carteira definitiva, encontrei dificuldades, da mesma forma que mais um monte de gente, e até hoje a Auto Escola Boa Sorte não resolveu. Na ocasião Fenemê não era prefeito, mas era o vice e foi quem me atendeu na auto escola. Mas temos tentado resolver com o próprio prefeito a solução da carteira, mas ele não tem dado solução. Há um ano me pediu mais R$ 1,2 mil alegando que precisava para resolver a situação em São Paulo. Vi na reunião alguns motoristas pagar em dinheiro. Eu cheguei a dar um cheque pré-datado, mas como não houve solução, depois, como todos estavam desconfiados, eu o sustei, antes que houvesse a compensação para evitar maior prejuízo”, relatou Clóvis.
O Diário tentou ouvir o prefeito Fenemê, mas não obteve retorno.


Fonte:Odiario

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