TSE: Rio tem 110 candidatos com registros considerados inaptos

Do total, 93 são da capital e outros 17 são de municípios do interior

RIO - No estado do Rio, 110 candidatos a vereador tiveram seus registros de candidaturas considerados inaptos, segundo dados do Ministério Público Eleitoral (MPE) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Do total, 93 postulantes a vereador são da capital e outros 17 são de municípios do interior. Pelo menos cinco candidatos foram postos em xeque por não estarem de acordo com a Lei da Ficha Limpa. O MPE, porém, preferiu não informar os nomes.

Dentre os postulantes à Câmara do Rio que tiveram as candidaturas contestadas pelo Ministério Público Eleitoral, estão os atuais vereadores Paulo Pinheiro (PSOL) e Jorge Pereira (PT do B). Pinheiro disse que está em dia com a Justiça Eleitoral. Afirma que houve um erro na sua prestação de contas das eleições de 2010, quando se candidatou a deputado. No entanto, afirmou que o mesmo já foi corrigido junto ao TRE, que já teria, inclusive, concedido ao vereador o certificado de quitação eleitoral.

Procurado, Pereira não retornou as ligações da reportagem.

Na lista dos candidatos que podem ser impugnados estão também Regina Gordilho (DEM) e Wilson Leite Passos (PP), nomes conhecidos dos cariocas.

Regina disse desconhecer o motivo de o MPE ter pedido a impugnação de sua candidatura. Ela entrou na política movida por uma tragédia: o assassinato de seu filho Marcellus, então com 24 anos, em março de 1987, por PMs. Foi eleita vereadora pelo PDT em 1988 e logo se tornou presidente da Câmara do Rio. Eleita deputada federal em 90, migrou para o Prona. Em 98, tentou voltar a Brasília, sem sucesso.

Aos 85 anos, 28 dos quais na Câmara Municipal, Passos exerceu outros oito mandatos como vereador e um como deputado federal. Ele não foi encontrado para comentar o assunto.

Passos é uma das figuras mais polêmicas do Legislativo carioca. Foi autor do projeto de lei da eugenia, pelo qual pretendia criar privilégios fiscais e educacionais para famílias com pais e filhos sadios, em detrimento de famílias com algum doente incurável ou portador de deficiência física ou mental. O projeto foi comparado ao de desenvolvimento da raça pura pregado por Hitler.

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