Familiares, amigos, colegas e ex-colegas de trabalho e representantes de lideranças políticas foram se despedir hoje às 16h30, no Cemitério do Caju, da colunista social Maria Ester Balbi. Ela morreu, na parte da manhã, aos 62 anos. Maria Ester, que teve 54% do corpo queimado, estava internada há 12 dias e na tarde da última sexta-feira, a equipe médica do Hospital Geral Doutor Beda divulgou que o seu estado de saúde havia piorado. Às 9h20 deste sábado, a colunista teve falência múltipla dos órgãos e infecção generalizada.
Na tarde de sexta-feira, o médico intensivista do Dr. Beda, Afonso Celso Faria, encaminhou o boletim da paciente, informando que a mesma teria apresentado um grave quadro de infecções no trato respiratório e urinário, além de distúrbio de coagulação com sangramento digestivo e impossibilidade de nutrição adequada pela via digestiva. O quadro em que Maria Ester se encontrava até a noite de sexta, de acordo com o relatório assinado pelo médico, era de risco de vida iminente.
Durante o velório na capela mortuária da Santa Casa, que durou aproximadamente uma hora, amigos rezaram uma prece e pediram que Maria Ester sempre fosse lembrada com alegria, como nas festas que freqüentava. Ela foi enterrada na sepultura da família, no Cemitério do Caju, com uma salva de palmas.
Amigos, como o fotógrafo Vilson Correia lamentaram a morte de Maria Ester. “A gente perde um pedaço da gente. Ela marcou uma época no colunismo social de Campos”, disse. Já a advogada Marinaide Mothé, disse que foi amiga da colunista nos momentos de carência do ser humano. “Não participei da vida glamurosa dela, mas sempre fiz questão de estar presente em seus momentos mais difíceis”, contou. O comerciante Kid Soares é outro que lamentou a morte da Maria Ester: “Ela tinha uma personalidade forte, e deixou sua marca nesta vida”, declarou.
Maria Ester escreveu na Folha da Manhã, e atualmente tinha uma coluna social em O Diário. No dia 21 de agosto, ela sofreu queimaduras de 1º, 2º e 3º graus no rosto, pescoço, braço esquerdo, tórax e dorso. Após uma declaração que a mesma fez no momento em que foi socorrida pela equipe do Emergência em Casa, seu filho Luis Fernando Balbi, 30 anos seria o principal suspeito de ter ateado fogo em seu corpo. No entanto, ele negou as informações ao delegado adjunto da 134ªDP, Rodrigo Maia, afirmando que teria sido um acidente doméstico, mas, apesar da declaração, foi preso em flagrante, e até ontem, estava na Casa de Custódia Dalton Crespo, enquadrado por tentativa de homicídio na forma da lei 11.340, de proteção à mulher. O caso ainda está em andamento, e ontem durante o sepultamento havia uma informação de que Luis Fernando teria sido transferido para Itaperuna, mas a reportagem tentou falar com a Casa de Custódia e com o seu advogado, mas não teve êxito.
Ulli Marques/João Noronha
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